Olá, leitor. Como vai?
Vamos falar um pouco sobre os egípcios?
O estudo dessa civilização incrível com mais de cinco mil anos de história é muito importante para que entendamos a nossa sociedade atual. Para começarmos com o pé direito, falaremos hoje sobre uma curiosidade muito importante para nós, a morte para os egípcios da antiguidade; algo que, se analisarmos com cuidado, reflete diretamente em grande parte de nossas religiões atuais.
Para o egípcio, a morte é um objetivo de temor e detestação absoluta. Ninguém sabe, verdadeiramente, o que se passa no além e esta incerteza cede lugar a todas as angústias. Isto talvez explique o inverossímil pacote de presente com que os egípcios embalam o fim de sua existência. Os defuntos, especialmente se deixados sem sepultura, são seres poderosos, capazes de voltar para perseguir os vivos, que escrevem cartas para eles muito freqüentemente, implorando ajuda ou tentando livrar-se de suas inquietações.
O além é um lugar cheio de perigos onde todos os mortos, inclusive o rei, devem se justificar diante dos guardiões das portas diante de diversos tribunais divinos. Existe um lugar de exterminação para aqueles que não chegam lá. O próprio sol, que no curso de sua navegação noturna aquece os mortos justificados, é colocado em perigo pelos ataques da serpente Apófis. Um rei morto deve pedir emprestado as capacidades do sol para renascer, como o segundo, em sempiterna manhã. Seu percurso é exatamente igual ao do sol.
O luto é uma verdadeira instituição no Egito e, sem dúvida, também um espetáculo. Os homens param de se barbear e de raspar o cabelo, as mulheres abandonam toda vaidade, se cobrem de poeira e deixam gotejar sua maquiagem. O luto pode, igualmente, ser muito barulhento: ontem, como hoje, existem choronas profissionais que fazem eco às lamentações familiares. o luto dura 70 dias, tempo que o corpo passa longe dos seus familiares, nas mãos dos embalsamares.
Além do desejo de conservar o corpo para a eternidade e de escapar ao desaparecimento material da decomposição, o morto deseja conhecer o destino de Osíris, protótipo da múmia. O corpo deste deus, abominavelmente despedaçado, podia ser reconstituído, mantido em sua forma de ser vivo por ligaduras e, finalmente, conduzido à vida pelos cuidados de Ísis, e está vivo, no mundo dos mortos certamente, mas bem vivo e capaz de agir igual a quando estava na terra. Que melhor garantia de sobrevivência o egípcio poderia encontrar que este divino exemplo?
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