Em 1850 a Itália encontrava-se dividida em vários Estados, de acordo com as decisões tomadas no Congresso de Viena, alguns ocupados pela Áustria. Entre estes Estados, o reino do Piemonte era o mais desenvolvido, tornado-se o ponto de partida para a unificação italiana.
Entre as causas da unificação italiana, temos o desenvolvimento industrial e o fortalecimento da burguesia, que via na unificação política uma necessidade para ampliar seus negócios econômicos: garantir a continuidade de seu crescimento interno e capacidade para concorrer no mercado externo.
Outro importante fator deste processo foi o desenvolvimento do nacionalismo, expressado pelo Risorgimento, movimento de caráter liberal tendo como líder, Camilo Benso, o conde de Cavour - ministro do reino do Piemonte. O nacionalismo desenvolveu a formação de sociedades secretas, que defendiam a unificação, com destaque para os carbonários.
As tendências políticas
A alta burguesia industrial, que era representada pelo conde Cavour, defendia o liberalismo econômico e a monarquia constitucional parlamentar; a média burguesia e o proletariado eram defensores da criação de uma República e, por fim; havia a idéia de que a unificação italiana ocorresse em torno da Igreja, a Confederação dos Estados Italianos, sob a presidência do papa Pio IX. A formação do Reino da Itália.
Em 1854 Cavour inicia o processo de unificação política da Itália, participando da Guerra da Criméia, auxiliando França e Inglaterra contra a Rússia. Em 1858, por conta deste auxílio militar, Cavour consegue apoio de Napoleão III, então imperador da França, na luta contra a Áustria pela unificação italiana. A primeira etapa da unificação italiana foi a guerra contra a Áustria, e paralelamente a esta guerra, Garibaldi conquistava territórios na região da Romanha.
O próximo passo para a conclusão do processo foi a incorporação de Roma, sob o controle do papa e protegida pelo exército francês. Em 1870 eclode a guerra franco-prussiana, que vai acelerar a unificação da Itália. A derrota francesa facilita o domínio italiano sobre Roma, que se tornará a capital do novo reino. A anexação de Roma provocara a Questão Romana, onde o papa Pio IX não reconhece o Estado italiano unificado. Esta questão só será solucionada em 1929, com a assinatura do tratado de Latrão, surgindo o Estado do Vaticano, sob a soberania do papa.
A unificação italiana ocorreu tardiamente, final do século XIX, fazendo com que a Itália chegasse atrasada na corrida colonial. A busca por mercados, já dominados pela Grã-Bretanha e França provocam um desequilíbrio político na Europa, sendo uma das causas da Primeira Guerra Mundial.
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