O Sistema Colonial
O chamado Sistema Colonial Tradicional desenvolveu-se , na América, entre os séculos XVI e XVIII. Sua formação está intimamente ligada às Grandes Navegações e seu funcionamento obedece aos princípios do Mercantilismo.
Como vimos, o Estado Moderno, através das práticas mercantilistas, buscava o acúmulo de capitais e as colônias irão contribuir de forma decisiva para este processo. Assim, através da
exploração colonial os Estados Metropolitanos se enriquecem- como também sua burguesia. O Sistema Colonial Tradicional conheceu dois tipos de colônias: a colônia de povoamento e a colônia de exploração.
COLÔNIA DE POVOAMENTO: característica das zonas temperadas da América do Norte e marcada por uma organização econômico-social que buscava manter semelhanças com suas origens europeias: predomínio da pequena propriedade, desenvolvimento do mercado interno, certo desenvolvimento urbano, valorização dos princípios de liberdade ( religiosa, econômica, de imprensa ), utilização do trabalho livre, desenvolvimento industrial e desenvolvimento do comércio externo.
COLÔNIA DE EXPLORAÇÃO: típica das zonas tropicais da América, onde predomina a agricultura tropical escravista e monocultora. Não houve desenvolvimento de núcleos urbanos nem do mercado interno, ficando esta área dependente da Metrópole. A principal característica desta área foi a Plantation - latifúndio, monocultor escravocrata.
A colonização inglesa na América do Norte apresentou as duas formas colonias. As treze colônias inglesas pode assim ser divididas: as colônias do norte e do centro serão colônias de povoamento; as colônias do sul serão colônias de exploração.
As colônias do norte tiveram suas origens nas lutas socias que ocorreram na Inglaterra, quais sejam, as perseguições aos puritanos pela Dinastia Stuart ( 1603/1642 ). Com a Revolução Puritana (1640/1660) o contingente que chega à colônia é basicamente formado por nobres aristocráticos. Desde cedo, os colonos do norte demonstram sua vocação comercial, dinamizando o mercado externo através do chamado "comércio triangular".
A título de exemplificação, segue uma forma do comércio triangular:
Da Nova Inglaterra com a África - comércio do rum, que seria trocado por escravos;
Da África para as Antilhas - comércio de escravos, que seriam vendidos para o trabalho nas fazendas de açúcar;
Das Antilhas para a Nova Inglaterra - melaço - subproduto da cana para a fabricação do rum.
Já as colônias do sul desenvolveram-se obedecendo os critérios do mercantilismo ( monopólio ). Houve predomínio do latifúndio monocultor ( algodão ) e utilização da mão-de-obra escrava. As colônias de exploração irão apresentar aspectos comuns, quanto a sua organização econômica.
Aspectos da economia colonial.
Uma economia colonial, área de exploração vai apresentar os seguintes elementos:
Economia complementar e especializada- a principal função de uma colônia era complementar a economia metropolitana, produzindo artigos que pudessem ser vendidos a altos preços no mercado europeu; daí sua especialização em certos gêneros tropicais, como tabaco,
algodão e cana-de-açúcar.
Integrada ao capitalismo - a economia colonial atendia os interesses do capitalismo europeu. A utilização da mão-de-obra escrava não representa um paradoxo, ao contrário, foi mais um elemento
utilizado para o processo de acumulação de capitais. O tráfico negreiro era altamente lucrativo.
Pacto colonial - o elemento definidor das relações entre Metrópole e colônia, foi o monopólio. Este será implantado através do pacto colonial, onde a colônia é obrigada a enviar para a Metrópole matériasprimas (gêneros tropicais e metais preciosos) e comprar da Metrópole artigos manufaturados e escravos.
Através das relações coloniais, foi possível o desenvolvimento pleno do capitalismo na Europa. O objetivo máximo do mercantilismo - o acúmulo de capitais - só foi possível em virtude da existência de uma área extraterritorial auxiliando a Europa em manter uma balança comercial favorável.
O chamado Sistema Colonial Tradicional desenvolveu-se , na América, entre os séculos XVI e XVIII. Sua formação está intimamente ligada às Grandes Navegações e seu funcionamento obedece aos princípios do Mercantilismo.
Como vimos, o Estado Moderno, através das práticas mercantilistas, buscava o acúmulo de capitais e as colônias irão contribuir de forma decisiva para este processo. Assim, através da
exploração colonial os Estados Metropolitanos se enriquecem- como também sua burguesia. O Sistema Colonial Tradicional conheceu dois tipos de colônias: a colônia de povoamento e a colônia de exploração.
COLÔNIA DE POVOAMENTO: característica das zonas temperadas da América do Norte e marcada por uma organização econômico-social que buscava manter semelhanças com suas origens europeias: predomínio da pequena propriedade, desenvolvimento do mercado interno, certo desenvolvimento urbano, valorização dos princípios de liberdade ( religiosa, econômica, de imprensa ), utilização do trabalho livre, desenvolvimento industrial e desenvolvimento do comércio externo.
COLÔNIA DE EXPLORAÇÃO: típica das zonas tropicais da América, onde predomina a agricultura tropical escravista e monocultora. Não houve desenvolvimento de núcleos urbanos nem do mercado interno, ficando esta área dependente da Metrópole. A principal característica desta área foi a Plantation - latifúndio, monocultor escravocrata.
A colonização inglesa na América do Norte apresentou as duas formas colonias. As treze colônias inglesas pode assim ser divididas: as colônias do norte e do centro serão colônias de povoamento; as colônias do sul serão colônias de exploração.
As colônias do norte tiveram suas origens nas lutas socias que ocorreram na Inglaterra, quais sejam, as perseguições aos puritanos pela Dinastia Stuart ( 1603/1642 ). Com a Revolução Puritana (1640/1660) o contingente que chega à colônia é basicamente formado por nobres aristocráticos. Desde cedo, os colonos do norte demonstram sua vocação comercial, dinamizando o mercado externo através do chamado "comércio triangular".
A título de exemplificação, segue uma forma do comércio triangular:
Da Nova Inglaterra com a África - comércio do rum, que seria trocado por escravos;
Da África para as Antilhas - comércio de escravos, que seriam vendidos para o trabalho nas fazendas de açúcar;
Das Antilhas para a Nova Inglaterra - melaço - subproduto da cana para a fabricação do rum.
Já as colônias do sul desenvolveram-se obedecendo os critérios do mercantilismo ( monopólio ). Houve predomínio do latifúndio monocultor ( algodão ) e utilização da mão-de-obra escrava. As colônias de exploração irão apresentar aspectos comuns, quanto a sua organização econômica.
Aspectos da economia colonial.
Uma economia colonial, área de exploração vai apresentar os seguintes elementos:
Economia complementar e especializada- a principal função de uma colônia era complementar a economia metropolitana, produzindo artigos que pudessem ser vendidos a altos preços no mercado europeu; daí sua especialização em certos gêneros tropicais, como tabaco,
algodão e cana-de-açúcar.
Integrada ao capitalismo - a economia colonial atendia os interesses do capitalismo europeu. A utilização da mão-de-obra escrava não representa um paradoxo, ao contrário, foi mais um elemento
utilizado para o processo de acumulação de capitais. O tráfico negreiro era altamente lucrativo.
Pacto colonial - o elemento definidor das relações entre Metrópole e colônia, foi o monopólio. Este será implantado através do pacto colonial, onde a colônia é obrigada a enviar para a Metrópole matériasprimas (gêneros tropicais e metais preciosos) e comprar da Metrópole artigos manufaturados e escravos.
Através das relações coloniais, foi possível o desenvolvimento pleno do capitalismo na Europa. O objetivo máximo do mercantilismo - o acúmulo de capitais - só foi possível em virtude da existência de uma área extraterritorial auxiliando a Europa em manter uma balança comercial favorável.
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